Polícias prendem ex-PM envolvido em milícia no Guamá e1s12

Otacílio José Queiroz Gonçalves, o ‘Cilinho’, é apontado pela Alepa como um dos líderes do grupo do cabo ‘Pet’

As corregedorias das polícias Civil e Militar prenderam, na madrugada desta segunda-feira (9), o ex-policial militar Otacílio José Queiroz Gonçalves, o ‘Cilinho’, no bairro do Guamá, em Belém.

O ex-PM é acusado de homicídio e teve a prisão preventiva decretada no final de janeiro. ‘Cilinho’ também é investigado pelo Ministério Público do Pará por envolvimento no grupo de milicianos que age no Guamá.

O nome de ‘Cilinho’ apareceu no relatório final da I das Milícias, instaurada na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) no final de 2014, após as execuções ocorridas nos bairros da Terra Firme e Guamá como retaliação à morte do cabo da PM, Marco Antônio Figueiredo, conhecido como ‘Pet’.

A prisão aconteceu na agem Rui Barbosa, durante uma festa. O ex-policial portava uma pistola ponto 40 no momento da prisão. De acordo com a polícia, o policial reformado não reagiu à prisão. O mandado de prisão de ‘Cilinho’ foi expedido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares do Tribunal de Justiça do Pará. A investigação do homicídio corre sob segredo de justiça.

O ex-policial foi afastado da PM há 10 anos sob a alegação de que sofria de esquizofrenia. Ele e o cabo ‘Pet’, morto em novembro do ano ado, são descritos pela I das Milícias como integrantes do núcleo do grupo de milicianos que age no Guamá. Além deles, foram citados Josias Siqueira da Conceição, o ‘Galo Cego’, e Walmir Oliveira, o ‘Cabo Oliveira’.

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Segundo o relatório da I, ‘Pet’ e ‘Cilinho’ eram tidos como ‘heróis’ no bairro. De acordo com uma delegada que prestou depoimento à comissão, ‘Cilinho’ foi preso em 2003, mas foi logo liberado sob a alegação de ter problemas mentais. ‘Ele matava simplesmente por se intitular justiceiro, como aquela pessoa que vai limpar a área’, disse a policial à I.

Relembre o caso

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O cabo Antônio Figueiredo, conhecido como Pet, foi morto a tiros quando chegava em casa no bairro do Guamá, em Belém. Dois homens em uma motocicleta abordaram o militar e dispararam várias vezes contra ele. Logo após a morte do PM, outras 10 pessoas foram assassinadas nos bairros do Guamá, Terra Firme e Sideral. As mortes tinham características de execução. O caso ganhou repercussão e entidades como a Anistia Internacional cobraram a apuração imediata dos crimes ocorridos na capital paraense. As vítimas não tinham agem pela polícia.

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Semanas após a morte de Pet, uma jovem de 20 anos identificada como Laiane Gomes Soares foi executada em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Ela se relacionava com o cabo. A ordem para o assassinato dela partiu de dentro do Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), em Marituba, onde Ramon Gomes dos Santos, namorado da jovem está preso há mais de um ano. O detento teria ficado com ciúmes ao ver fotos da então namorada com o militar.

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Por: Redação ORM News
Foto: Elielson Modesto (O Liberal)

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