Bolsonaro: acordo entre WhatsApp e TSE ‘é inaceitável e não será cumprido’ 15276n
Bolsonaro chega para participar de motociata. – ( Foto: Agência O Globo / Maria Isabel Oliveira )
Em eio de moto com apoiadores, presidente criticou decisão da empresa de adiar implementação de novo recurso no Brasil para depois da eleição
O presidente Jair Bolsonaro reclamou nesta sexta-feira da decisão do WhatsApp de implementar novos recursos no Brasil somente após as eleições de outubro. O adiamento da atualização é fruto de um compromisso da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O WhatsApp anunciou na quinta-feira que vai lançar uma nova funcionalidade, chamada Comunidades, no próximo ano. O recurso vai possibilitar que es reúnam diferentes grupos sob um só guarda-chuva, ampliando o alcance de mensagens. O novo recurso, em fase de testes, pode facilitar a circulação de notícias falsas. Atualmente, os grupos de WhatsApp podem ter no máximo 256 integrantes.
Bolsonaro participa de um eio de moto com apoiadores em São Paulo nesta sexta-feira, num trajeto que vai da capital até Americana. No meio do caminho, ele parou para falar com outros motociclistas e afirmou que o acordo do WhatsApp com o TSE “não será cumprido”.
— E já adianto. Isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inissível, inaceitável, e não vai ser cumprido, este acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento — declarou.
Na chegada a Americana, destino do eio, Bolsonaro discursou para uma multidão de apoiadores e retomou o assunto. Ele chamou o acordo entre o WhatsApp e o TSE de “censura”.
— O WhatsApp a a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial para o Brasil. Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês, nem por lei, quem dirá por um acordo — declarou.
Procurado, o WhatsApp afirmou que não tem nada a declarar sobre o assunto.
Bolsonaro não deu detalhes de como pode “descumprir” uma decisão firmada por uma empresa privada. O acordo a que o presidente se refere é, na verdade, uma decisão do próprio WhatsApp, informada à Justiça Eleitoral no início do ano.
Oficialmente, a empresa integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação do TSE, junto de outras companhias como Google, Twitter e Facebook. A iniciativa tem como foco a educação midiática, identificação e checagem de informações, aperfeiçoamento de recursos tecnológicos e outras medidas para tentar frear a disseminação de mentiras e ataques virtuais na eleição de outubro.
Em janeiro, O GLOBO mostrou que especialistas brasileiros demonstraram preocupação acerca da nova funcionalidade, ao serem procurados pela empresa, no mês anterior, para uma pesquisa de mercado. Segundo eles, o Comunidades pode turbinar a disseminação de notícias falsas e ataques virtuais, já que o aplicativo está presente em 99% dos smartphones no Brasil, segundo levantamento da Opinion Box, e figura como principal fonte de informação dos brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pelo Congresso em 2019.
A circulação em massa de mensagens com conteúdos falsos, especialmente em ambientes fechados, como o WhatsApp, foi apontada como uma ameaça às eleições de 2018, o que levou autoridades a se mobilizarem para evitar o mesmo cenário este ano.
No julgamento da ação que pedia a cassação da chapa que uniu Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão, sob a acusação de disparos em massa, o ministro Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE ao longo do processo eleitoral deste ano, foi direto ao tratar do assunto: “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado, e as pessoas vão para a cadeia”.
Infração e custo de R$ 1 milhão
Bolsonaro participou pela segunda vez de uma motociata na capital paulista. O presidente chegou por volta das 9h45m, e colocou um capacete sem viseira e sem proteção para o maxilar — o que é proibido para motociclistas e pode render multa grave segundo o Código Brasileiro de Trânsito. O trajeto previsto, que saiu da capital em direção a Americana. A Polícia Militar informou que a rodovia dos Bandeirantes foi liberada às 12h50m.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o evento custou R$ 1 milhão aos cofres públicos, e mobilizou 1.900 policiais militares. O esquema de segurança para o evento contou com 22 Bases Comunitárias Móveis, quatro drones, quatro cães e até mesmo três helicópteros Águia.
O governo federal gastou R$ 2,5 milhões em sete viagens nas quais o presidente Jair Bolsonaro fez eios de motos com apoiadores, ao longo do ano ado. Os dados são dos gastos totais das viagens do presidente, e não apenas dos eios em si. Geralmente, Bolsonaro combina as “motociatas” com algum evento oficial na cidade visitada. As informações foram apresentadas pelo gabinete pessoal de Bolsonaro via Lei de o à Informação (LAI) em resposta a um pedido do GLOBO e envolvem “transporte terrestre, agens, telefonia, diárias”. Os gastos são investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). (A informação é do O GLOBO)
Por:Jornal Folha do Progresso em 16/04/2022/07:37:57
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